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Manuel Banza Analisou Os Locais Em Lisboa Onde É Prioritário Criar Refúgios Climáticos

Manuel Banza Analisou Os Locais Em Lisboa Onde É Prioritário Criar Refúgios Climáticos
As Ondas De Calor Tem-se Intensificado Em Lisboa. Nestes Dias Extremos, Valorizamos Ruas Com Árvores E Espaços Com Ar Condicionado. Mas Há Zonas Onde Faz Muito Calor Mas Há Poucas Opções Para Nos Refrescarmos – Zonas Onde Seria Urgente Criar Refúgios Climáticos. Manuel Banza, Cientista De Dados, Apaixonado Por Lisboa, Identificou Esses Locais. A viagem que fez a Barcelona no final de 2022 deixou Manuel Banza entusiasmado. A política progressista da capital catalã ao nível do urbanismo e da mobilidade é apontada internacionalmente como um exemplo e isso inspirou, mais uma vez, o jovem lisboeta. Ao ver os refúgios climáticos que o município de Barcelona criou para que a população pudesse abrigar das temperaturas extremas, Manuel decidiu pegar em dados da cidade de Lisboa para perceber onde é prioritário criar esse tipo de infraestruturas. A proposta de Manuel é que se desenvolva uma rede de refúgios climáticos em Lisboa. Sabendo que já existem propostas e movimentos nesse sentido dentro da Câmara Municipal, o seu contributo é ao nível da ciência de dados: o jovem entusiasta olhou para toda a cidade de Lisboa e para a informação disponível em dados abertos sobre as áreas mais afectadas pelo efeito de ilha de calor e a localização de infraestruturas como espaços verdes, bibliotecas e arvoredo; e percebeu em que zonas da cidade mais fazem falta refúgios climáticos. Os refúgios climáticos podem ser ruas onde árvores e arbustos criam sombra e refrescam o ar; ou praças com elementos artificiais de sombreamento como telas; ou escolas onde, fora do horário lectivo, se oferecem salas frescas com sistemas de refrigeração artificial ou natural; ou bibliotecas onde o ar condicionado se torna um recurso partilhado entre todos, reduzindo o consumo de energia a nível individual. E se ao longo deste artigo nos focaremos nos refúgios em resposta às onda de calor, estes fazem sentido também nas situações opostas, de frio e chuvas intensas, que também deverão acontecer com maior frequência em Lisboa. “A minha análise passou por identificar onde é que são os casos mais graves”, reforça o cientista de dados, isto é, onde não existem espaços verdes, bibliotecas ou outros equipamentos que podem ser facilmente mapeados como refúgios climáticos numa plataforma online e identificados no local com uma placa. “Procurei perceber quais são as zonas da cidade que não têm esses serviços por perto – a cinco, dez, quinze minutos a pé – e onde vamos ter que criar um serviço de raiz. Onde vamos ter de criar um jardim, ou uma praça sombreada, ou plantar árvores na rua, ou pegar num edifício e torná-lo aberto ao público.”